sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Zito Farias e o dom da melodia

Da Assessoria de Imprensa: O frevo, ritmo popular pernambucano, tem sua vaga garantida no Carnaval de Bezerros. Mas o que alguns ainda não sabem é que um sábio bezerrense é um dos compositores de destaque em décadas passadas. Trata-se de José Farias, popularmente conhecido como Zito Farias, sinônimo de carnaval e frevo. Nascido em agosto de 1931, desde os 10 anos já despertava para as canções. “Quando criança, improvisava instrumentos só para fazer ecoar algum som”, conta o músico.
Assim, Zito tornou-se um símbolo de Bezerros. Em 1946, empolgado pela paixão que o acompanhava, iniciou o aprendizado artístico. “O professor vinha até a minha casa me dar aulas”, explica. A partir daí, não parou mais.  Um ano depois, ingressou na Banda Cônego Alexandre Cavalcanti, até hoje bastante conhecida na cidade. E para surpresa dos que o acompanhavam, já em 1949, compôs o primeiro frevo de rua, denominado de Entrei Fervendo. Dividia a vida de músico com a rotina do comércio local, onde trabalhou por muitos anos como empresário.
Durante a década de 1950, criou a Orquestra Continental Jazz. Um dos destaques da carreira brilhante de Zito é a participação no Hino de Bezerros, como arranjador, e no Hino Centenário do município, com música de sua autoria. Em 1976, foi convidado a participar da gravação do disco da Orquestra de Frevos Evanildo Maia, com duas canções próprias. “Foi uma emoção, a orquestra era muito reconhecida, fiquei deslumbrado”, afirma. Há poucos anos, integrava o Grupo Eterno Boêmios, famoso pelas serestas.

Fotos: Júlio Pontes



Atualmente, o artista apresenta, orgulhoso, os 25 frevos de rua que compôs, e coleciona os instrumentos que o acompanharam durante o caminho. Violão, cavaquinho, bandolim, violino, flauta. Mas as suas paixões, de fato, são o clarinete e o saxofone, melhores “amigos” do ritmo pernambucano. Quando perguntado sobre as canções preferidas, ele explica que é fã de Na Onda do Frevo, uma das mais quentes do seu repertório.

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